São 450 as posições possíveis numa partida de xadrez após o primeiro lance de cada jogador. O total de combinações vai aumentando progressivamente a cada movimento, sendo de 318bilhões 979 milhões 564 mil após o quarto lance e tome nota, 169 octilhões 518 septilhões 829 sextilhões 100 quinquilhões 544 quadrilhões, após o décimo. Para um computador, nenhum problema. Ele pode armazenar todas essas e incontáveis outras possibilidades de posição a serem ocupadas pelas 32 peças, 16 brancas e 16 negras, nas 64 casas do tabuleiro. Nisso o Chessmaster, Fritz, Rybka são feras...
Mas para uma mente humana, tal não é possível. Há no xadrez todo um repertório de aberturas e de defesas devidamente guardado na memória do jogador. E há também uma série de alternativas que podem ocorrer nos lances seguintes, a ele ou aos seus segundos, com base em partidas antes disputadas pelos grandes mestres. Mas, a partir de determinado momento, o que vale é a inteligência, a memória, a imaginação, a criatividade, a ousadia. É o que mantém encanto do jogo.
Nunca é demais lembrar uma partida de 1956, nos Estados Unidos, entre o mestre Donald Byrne e o ainda iniciante Bobby Fischer, então com 13 anos de idade. Ainda hoje há quem se refira a ela como “A PARTIDA DO SÉCULO”, pelo simples (mas inesquecível) fato de Fischer, jogando de pretas, ter sacrificado a dama no 17º lance para conquistar uma vitória inspirada no velho e romântico estilo da xadrez imaginativo e audacioso. Rybka e Fritz não fariam melhor, simplesmente porque a história da partida estava na cabeça de um menino genial e não num programa de computador.
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