sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dia histórico para o xadrez no Rio de Janeiro

Ontem foi realizado no Club Municipal no Rio de Janeiro  a Assembléia Geral Ordinária (AGO) e a gestão da fexerj comandada por Ricardo Barata apresentou uma derrota que abre o caminho para reconstrução do xadrez no Estado. Como é sabido de quase todos, o CXTR não constava entre os clubes votantes para esta assembléia, ao questionar o porque de não estarmos na lista do clubes votantes por e mail enviado por mim ao então presidente da fexerj Barata, não recebi resposta. Foi aí, que entrou a luta do nosso enxadrista e também advogado Thales Castro. Após insistir, Thales recebeu a resposta que faltariam documentos que comprovavam nossa localização como clube. Levei os documentos, novamente, ao poder do Barata e conseguimos exercer o nosso poder de voto. A assembléia, como já prevíamos, foi muito tensa. Sugerimos a inversão da pauta e votamos a reprovação das contas da federação pelo placar de 6 votos contrários as contas (Tijuca, Três Rios, Petrópolis, Alex, Vassouras e AXXM) contra 5 votos a favor das contas (Grande Roque, Volta Redonda, Macaé, Municipal e Duque de Caxias) e tivemos 2 abstenções (Hebraica e AABB). Com este resultado, além de deixar o então presidente Ricardo Barata inelegível, também instituiu que a gestão atual fica impedida de gerir a entidade imediatamente, nos termos da Lei nº10.672/2003 (Lei Pelé), art. 23. Logicamente, Ricardo Barata e seu autoritarismo arrogante, não aceitou a derrota imposta na assembléia, num ato de total destempero, passou por cima do presidente da assebléia, Professor Silvio Resende, e deu a assembléia por encerrada quando ainda havia tópicos a serem discutidos. Retirou-se, juntamente com os clubes que foram a favor das contas. Os demais clubes, juntamente com os clubes que abstiveram na questão das contas, deram continuidade a assembléia, redigindo nova ata, pois a ata inicial foi indevidamente levada pelo secretário da assembléia. Decidimos juntamente com os clubes que não tiveram direito a voto, mas que possuíam direito a voz (Mendes, Niterói e Cabo Frio), convocar nova Assembléia Geral para o dia 17/03 as 14 horas na sede da Alex com a seguinte pauta:
a) eleição dos poderes da federação
b) apresentação para aprovação de contas da federação de 2011
c) aprovação do calendário de competições oficiais da federação para o ano de 2012
d) assuntos gerais
Já ia me esquecendo, mas nesta assembléia também  elegeu para novo presidente do Conselhos de Árbitros o AF Marcelo Einhorn com 8 votos contra 4 votos no AF Levy. Marcelo Einhorn, por determinação da assembléia, assumirá a gestão até os esclarecimentos e apresentação de defesa com relação as contas e no que mais couber.
O processo que se inciou ontem com esta vitória sensacional que mostra a forças dos Clubes, longe de se findar, apenas abre caminho para a reconstrução do xadrez no Rio. Sabemos que longas lutas judiciais poderão acontecer. Mas, também temos certeza que o caminho para colocar o xadrez fluminense no patamar que ele merece foi iniciado com um um grande passo ontem. Encerra-se um ciclo, aonde o autoritarismo reinou e o xadrez carioca fez muito menos do que realmente poderia. Brindemos essa vitória histórica e parabenizamos a todos os clubes pela firme e coerente posição.

4 comentários:

  1. Nós, enxadristas do Estado do Rio de Janeiro, estamos alegres com o acontecido. É um marco histórico para todos que gostam de xadrez, e principalmente, daqueles que gostam das coisas certas, claras e transparentes. Como tudo deve ser. Temos certeza de que o ano de 2012 será o início de uma nova Era do xadrez no RJ. Parabéns aos clubes que votaram a favor da legalidade.

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  2. Caro Patrick,

    também fiz um relato no meu blog, postagem 1182.

    Abraços.

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  3. Amigos, digo isto que direi agora após ler o Blog da UPX, o comentário do David do CXP (neste blog) e depois a resposta do MF Alberto Mascarenhas (no blog do Maia), a postagem do MF Eduardo Maia e o comentário do Kléber Victor (também neste blog). Não é hora de aumentar a discórdia, estamos juntos dando um passo importante a caminho da reconstrução do xadrez no Rio. Sem esta história de sermos mais ou menos importantes, somos todos vitoriosos por esta conquista, por estar terminando um período aonde o xadrez ficou por detrás de interesses pessoais. Com o fim da era Barata abre-se o caminho para o diálogo, para o respeito e para a legalidade. Não estou aqui defendendo chapa única na próxima eleição, caso isto aconteça, acho que o Rio só teria a ganhar, mas caso existam duas vertentes UPX e Convergência que esta seja uma disputa baseada em ideais mas sobretudo que após a eleição possamos ter uma entidade forte com legalidade e representatividade junto a comunidade enxadrística. Após uma vitória com o grau de dificuldade que enfrentamos acho que a gente só tem a comemorar, se mantivermos essa briga sem lógica a porta fica aberta para o retorno do Barata. Calma galera, somos todos importantes.

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  4. Patrick, esta vitória foi conquistada porque nos unimos em prol de um ideal.
    Sou a favor da chapa única pois como você mesmo disse, o Rio só teria a ganhar.

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